Uma boa mensagem de saudação me parece um tanto difícil de ser escrita, mas é proporcionalmente necessária. Nas últimas 24 horas, perdi as contas de quantas possíveis mensagens poderia escrever com esse teor. Algumas muito boas, outras nem tanto. Elas vieram aos montes e esbarraram em minha costumeira incapacidade de colocá-las no “papel” – o que me coloca um questionamento que surgiu simultaneamente ao desejo de abrir este espaço: serei eu capaz de manter o que me proponho? Mas não espero mesmo alimentar a mim ou qualquer um com essas indagações. Muito a propósito, quero uma folga destas.
Pois bem! Já fazia muito tempo que não assistia ao nascer do sol. Hoje ele me veio, em seus tons laranja-avermelhados, entrecortado pelos desenhos de poltronas e asas do avião que sobrevoava o Planalto Central, o que lhe garantiu uma palidez peculiar à coloração. Lembrei que, ao sair, me sensibilizei com os olhos marejados de minha mãe, a quem disse as mesmas palavras que costumo usar quando saio para me divertir à noite: não demoro, ao nascer do sol eu estou de volta. Fiquei pensando se essas palavras não me marcaram mais do que a ela; inconcluso.
Mal tive tempo de rever o Juscelino, o que não deixa de ser bom. Não deixei de fazer a velha saudação “E aí seu JK, tudo bom?”, mas também não esperei pela resposta. Quase me refiz a pergunta de meu pai: porque mesmo eu venho sempre aqui? Com essa eu realmente não estava preocupado – até avistar, no pátio, 5 aeronaves entregues à sorte, duas da VASP e 3 bem maiores, da Transbrasil, ambas extintas por obviamente ter lhes faltado competência para resistir à corrosão do mercado.
Já próximo à cidade dos maravilhados, foi fácil saber que estava em terras familiares. Fechei os olhos na quase insuportável e imensa regularidade do plano alto e acordei, rodeado de morros e montanhas, em variados tamanhos e recobertos de algum tipo de mata (que pode ser a Atlântica, ou não). A Serra do Mar também me saudou lá do alto, quando nos cruzamos. Desembarquei tentando descobrir qual tom estaria me esperando – e descobri não ser o mesmo que deu nome ao aeroporto.
Sob alguns aspectos (os negativos) tenho a impressão de não ter ainda saído de casa, embora esteja tomado por um sentimento pleno de estar em férias – é o mesmo sentimento que eu vinha sentindo ao longo da semana; achei que a ficha não tinha caído, mas me enganei, ela está só esperando a vez dela, já que a ficha das férias tinha assento preferencial. Mas reconhecidamente devo dizer: a primeira impressão não me satisfez. Pode ser em decorrência de alguma memória ou simplesmente resistência gratuita. E isso eu quero pagar pra ver. Tenho uma semana pela frente e uma certeza: não me dou mais do que essa chance de estar enganado.
Pois bem, é isso. Saudações!
P.S.: escrevi esse post ontem à tarde, mas já expliquei o motivo da indisponibilidade na postagem acima.
É... que essa oportunidade seja o principio de uma historia nova; de novas e boas, ótimas experiências; tenho certeza que vc vai saber aproveitar todas elas!
ResponderExcluirFica bem, meu amigo!
Saudades sentirei sempre, mas a felicidade é o q desejo aos q amo...voooe alto!
"não demoro, ao nascer do sol eu estou de volta."... ei, isso ñ vale! vai lá pra longe e ainda faz o povo aki chorar.
ResponderExcluirTocante essa frase... de verdade!
dica do dia: ñ olhe pra trás, segue as montanhas!
bjo.
Companheiro de tantas e tantas noitadas, bem não se mandou e o cara já "anda" acima dos montes! é isso aew coisa de gente grande como você. E inclusive antes que esqueça... compartilho com vc questão do JK.
ResponderExcluiruia, visita do tio! muito muito feliz! principalmente pela paciência de ler tanta besteira em sequência!! lembranças à tia e ao nicky!
ResponderExcluirvaleu camarada!