terça-feira, 8 de março de 2011

Eu, por mim, ficava mesmo quieto - ou Um agradecimento sincero

Dia desses fui perguntado se não faria um texto de despedida das Alagoas. Respondi que faria, mas que não havia ainda suficiente inspiração para tanto. O que não era verdade. Nas últimas semanas pelas alagadiças terras outrora caetés, fui acometido de um turbilhão de emoções que surpreenderam até a mim, pois não se manifestaram até que fosse inevitável.

Mas para escrever, dizia o velho Graça, é preciso ter o mesmo esmero das lavadeiras alagoanas. E eu sou bastante descuidado. Sem caneta e papel, as ideias sempre vêm e sempre fogem. Deixando para depois, tudo fica muito instável, não tem começo, meio e fim. Para falar de sentimentos como saudade tudo piora, não sei por onde começar, por onde ir escrevendo até botar um ponto.

Isso atrapalha a mim, porque normalmente o texto tem uma sequência lógica na minha cabeça antes de ir pro papel... mesmo que seja o digital. Muitas vezes ele termina saindo fora do roteiro e isso é bom, mas antes de começar eu tento fazer um rascunho na cabeça... é precisamente o que não consegui organizar, talvez em razão do que aconteceu com o meu coração nas últimas semana.

Definitivamente não sou como as lavadeiras das Alagoas. Quando tenho ideias pela metade, dificilmente elas vão pro papel... ou pro arquivo do computador. Maus hábitos, simplesmente. Admiro quem tem cuidado consigo, quem guarda um monte de coisas ainda incompletas, mas que um dia podem encontrar seu começo, meio ou fim.

Para que essa postagem fosse possível, por exemplo, salvei um trecho ou outro de várias conversas internéticas. Fiz um rascunho no próprio blog e hoje tenho certeza de que não saberia mais continuar do mesmo jeito que imaginava, mas ao menos agora pude publicar esse arranjo. E pensar que quando comecei o blog, escrevia tudo no word e ia salvando - isso durou até a quarta postagem!

Pois apesar de ter perdido grande parte da inspiração nos ventos da memória frágil, gostaria de saudar todos que acompanharam os derradeiros momentos de minha estada nas Alagoas. Saudosismo era para ser o tema dessa postagem. Mas há quem já tenha percebido que despedidas não são o meu forte...

Foto de Jockastha Dias, num desses dias bons de lembrar...

4 comentários:

  1. Uh! to aguardando as suas impressões de despedida dessa terra de belezas naturais (só naturais! raras sociais) Pois, pra mim, esse post acima mais parece introdutório de posts vindouros!

    To aqui, no aguarde!

    Saudades desde ja! Um grande beijo, julinho!

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  2. cuidado com a tangente, que hora ou outra ela não te deixa passar... ^^

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  3. Como a Babi mesmo disse isso parece mais uma introdução, fico aqui no aguardo tb dos proximos!
    Saudades^^
    E valew por utilizar uma de minhas fotos^^

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  4. É difícil mesmo escrever sobre despedidas.

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