domingo, 5 de dezembro de 2010

Nada deve pesar...

Mesmo já havendo passado o dia em que deveria ter postado a composição abaixo, continuo sentindo as mesmas boas sensações. Refere-se ao dia 2 de dezembro último. Saudações!

***

Ilex Paraguarienses
Humberto Gessinger

Hoje eu acordei mais cedo
Tomei sozinho o chimarrão
Procurei a noite na memória... procurei em vão
Hoje eu acordei mais leve (nem li o jornal)
Tudo deve estar suspenso... nada deve pesar
Já vivi tanta coisa, tenho tantas a viver
Tô no meio da estrada e nenhuma derrota vai me vencer

Hoje eu acordei livre: não devo nada a ninguém
Não há nada que me prenda

Ainda era noite, esperei o dia amanhecer
Como quem aquece a água sem deixar ferver
Hoje eu acordei, agora eu sei viver no escuro
Até que a chama se acenda

Verde... quente... erva... ventre... dentro... entranhas
Mate amargo noite adentro estrada estranha

Nunca me deram mole, não (melhor assim)
Não sou a fim de pactuar (sai pra lá)
Se pensam que tenho as mãos vazias e frias (melhor assim)
Se pensam que as minhas mãos estão presas (surpresa)

Mãos e coração, livres e quentes: chimarrão e leveza
Mãos e coração, livres e quentes: chimarrão e leveza

... ilex paraguariensis...
... ilex paraguariensis...

Um comentário:

  1. Que assim se mantenha,mesmo voltando pras Alagoas, e que todos seus dias sejam 2 de dezembro de 2010. \o/

    Bjoks, titi!

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